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Para mim, é imprescindível fechar antigos ciclos para se adotar uma nova atitude de viver. Todas as relações devem ser devidamente resolvidas para se começar outras, de forma que eu possa “matar o Buda caso o encontre pelo caminho[1] ”, ou seja, serei dotada pelo sentimento de gratidão e carinho, mas é preciso matar o mestre internamente para que não haja necessidade de olhar para trás e assim, admirar apenas “o que” ou “quem” está ao meu lado ou à frente sem levar uma punhalada de pendências passadas. Por este motivo que estou aqui, encarando o meu passado de frente!
Não pense que é fácil, sempre tive dificuldade para afrontar ocorrências que remetem lembranças, sejam boas ou ruins. Não que eu seja insensível, apenas não me sinto confortável. Pode ser o resultado da minha criação. Sou filha de militar e adolesci sabendo que ao dizer a frase “tchau, foi bom te conhecer, quem sabe um dia a gente se encontre novamente...”eu viraria a esquina sabendo que jamais veria aquela amiguinha, vizinho, casa ou escola.
Já cometi muitos erros, mas aprendi com todos eles e devido a isso eu sei que, ao “empurrar para baixo do tapete” dificuldades, emoções, desejos e ate mesmo necessidades somente acumularei frustrações. Logo, encarar os fatos e livrar-se da culpa é levantar o tapete da vida.
Estar nesta casa novamente, numa espécie de “odisséia intima”, dedicando um tempo comigo mesma e revendo todas as dores, medos e crises, eu agradeço porque me transformei, amadureci e sobretudo, porque me tornei uma pessoa menos imperfeita. Até mesmo os meus parentes e amigos que me decepcionaram nessa jornada, agradeço, porque agora posso seguir meu caminho sem a culpa de deixá-los para trás.
Certa vez li num livro de Augusto Cury duas estratégias interessantes: identificar cada pensamento negativo nos primeiros cinco segundos para que haja tempo de ser deletado e a segunda tática seria reeditar arquivos antigos. E colocando em prática essa dica de Cury mais o primeiro mandamento intitulado por mim, de “ser eu mesma”, estarei no caminho certo. Porque estou reciclando lembranças, curtindo minhas recentes expectativas, apetecendo por novas sensações e me concentrando naquilo que escolhi para mim. Idéias adversas não têm espaço aqui.
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De todos os caminhos que optei, jamais cheguei à perfeição que estava cobiçando, mas mesmo assim, eu me tornei uma pessoa melhor pelo esforço, e alguém mais feliz do que seria se não tivesse tentado. Por isso, vivo cada dia de uma só vez, degusto todos os instantes e acima de tudo trago fé de que tudo que existe no mundo promove meu crescimento espiritual.
[1] Referencia da postagem anterior “Se encontrar Buda no Caminho, mate-o”. Alusão sobre um discípulo que ama tanto Buda, que existe a possibilidade de que este se torne sua última barreira. É preciso matar o mestre para que não haja necessidade de olhar para trás e possa estar totalmente só.
Oi flor, vim retribuir a visita lá no meu cantinho, adorei o blog e o post sobre desintoxicação. Vc escreve incrivelmente bem... Parabéns! Com certeza seremos boas amigas! Estarei te acompanhando! Bjokas
ResponderExcluirLindo, inspirador e libertador...sinto o cheiro fresco da liberdade como uma gota de orvalho pela manhã.
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