terça-feira, 21 de junho de 2011

QUEM TRAZ PARA CASA A RIQUEZA DAS ÍNDIAS PRECISA CARREGAR A RIQUEZA DAS INDIAS.


Sempre admirei os aspectos do budismo, acho realmente fascinante e fico impressionada com o simbolismo e a maneira como ele retrata as virtudes essenciais para o refinamento humano.
Gosto especialmente dos KOANS, que desafiam o modo comum e direto de refletir, o que me faz pensar sobre o pensamento. Isso, por sua vez me traz uma felicidade intelectual deliciosa.

Um koan é um pequeno enigma Zen, uma pergunta ou afirmação que não pode ser entendida logicamente e exige certa maturidade para compreender. Os monges zen-budistas meditam sobre os koans como forma de abandonar a dependência da razão na busca de iluminação. Meditar sobre eles estimula pensamento atento, pois torna-se improvável achar sentido através do convencional. Um koan famoso é: "Batendo duas mãos uma na outra temos um som; qual é o som de uma mão?"

O bacana dessa história é que o koan se adapta no seu estilo com que cada pessoa raciocina, constatando a verdade de Galileu de que “não se pode ensinar alguma coisa a um homem, apenas ajudá-lo a encontrá-la dentro de si mesmo” e para isso, basta aliar o coração à mente e silenciosamente encontrar a resposta.

Hoje acordei com o koan pessoal rodeando meus pensamentos: “Quem traz para casa a riqueza das índias, precisa carregar a riqueza das índias”. Eu não posso olhar para fora de mim com o intuito de encontrar a felicidade. O segredo não está nas índias, mas embaixo do meu próprio teto: se eu quiser encontrar felicidade, tenho que carregá-la comigo. Mas a parte deste desafio é ficar atenta para evitar pensamentos e ações mecânicas ao invés de andar pela vida no piloto automático. Tomar decisões rápidas e manter o senso comum pode obter resultados rápidos, no entanto o tempo se vinga de tudo que é feito sem sua colaboração.

Por isso, antes de agir perante uma ocasião é melhor perguntar “como eu realmente gostaria de me sentir”, ser alegre, feliz, conquistar as pessoas e assim me conhecer para fazer da minha vida uma experiência sublime.




Perguntaram a Buda:
”O que mais te surpreende na HUMANIDADE?"
E ele respondeu:

“OS HOMENS - Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver o presente nem o futuro; vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.”

quarta-feira, 8 de junho de 2011

TUDO É CAMINHO E VERDADE


Há muitas coisas boas na mudança, seja ela externa ou internamente, pois qualquer variação é um avanço, um passo a frente, uma ousadia que concedemos, nós que tememos tanto o desconhecido agora buscamos um caminho diferente, um atalho, uma ponte ou qualquer travessia para o autoconhecimento a fim de descobrir o que você crê ou sente, de verdade. Enfrentar o desconhecido dá a você certa excitação. O coração começa a pulsar novamente, volta a se sentir vivo, totalmente vivo. Cada fibra do seu ser está vibrando porque você aceitou o desafio do incerto e ter uma sensação de autonomia, de ser capaz de escolher o que acontece com sua vida ou como você passa o tempo é crucial.
Se você traz a coragem no seu íntimo de deixar para trás qualquer coisa que lhe é familiar e confortável, desde a sua casa aos seus antigos ressentimentos e embarcar numa jornada em busca da VERDADE, deve considerar tudo como uma pista, acolher cada pessoa que encontrar no caminho como professor e se preparar para encarar e perdoar algumas realidades bem difíceis sobre você mesma.

Quanto mais o tempo passa, mais apreendo a importância na busca por todas as coisas na vida: TUDO É CAMINHO E VERDADE.

Não penso que ao entender este conceito, eu sempre acerte a direção dos meus passos porque cometer erros faz parte da experiência de existir. Porém, nestes momentos defendo a idéia exposta no antigo e sábio provérbio que diz “pela luta, você jamais conseguirá muito, pela condescendência, conseguirá sempre mais do que se espera”. Este dito pode ser muito útil na hora de reconhecer as fraquezas. Para me sair bem em qualquer situação lembrarei-me de um artifício que costuma produzir bons resultados: quando eu estiver com a razão, convencerei os outros aos poucos e com toda a habilidade, conquistando-os assim a pensar como eu e quando estiver errada reconhecerei sem demora e com entusiasmo.

No caminho que me propus atravessar, não tenho como me perder e também não devo temer o erro, pois assim eu também temerei a própria vida e a verdade que em mim reside. Tudo é caminho e uma nova oportunidade de me conhecer melhor, todos os erros são atalhos para outras verdades. Além disso, os medos estarão eternamente ali, mas se eu aceitar o desafio várias vezes seguidas, devagarinho , eles desapareceram.

Contudo, também existe algo mais profundo acontecendo. Comecei a entender que o fim de uma melodia não é o objetivo e apesar disso, se a melodia não chegar ao fim ela também não alcançou seu objetivo. É um enigma o que o destino revelará na odisséia de cada caminho, mas ao mesmo tempo é fácil de enxergar e ainda mais doce de entender no coração.




O corpo conhece o prazer, a mente conhece a felicidade, o coração conhece a alegria, o quarto-elemento conhece a bem-aventurança. A bem-aventurança é o objetivo, e a consciência é o caminho que leva até ela. (Osho)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

É FÁCIL SER PESADO, É DIFÍCIL SER LEVE

Sabe aquele medo de que nossa existência não tenha tido sentido, de que tenhamos vivido em vão, de que nossa vivência não tenha causado nenhum impacto para a nada nem para ninguém? Quase sempre não passa de uma sensação incomoda. É óbvio que algum efeito você causou no mundo de alguém e ao bater suas asinhas no mínimo acarretou um tufão do outro lado do planeta. (Leia também o texto Efeito Borboleta).

Dizem que a necessidade de suprir a alma sendo útil ao outro é o que mantém o frescor da serenidade no coração. Posto que a falta desta paz alcance uma angústia voraz, torna-se uma prova evidente que a convivência humana e a maneira que construo significados e expectativas nas relações interpessoais farão parte da historia da minha personalidade. Por este motivo resolvi praticar mais um mandamento fundamental: “ser leve”. Afinal, é fácil ser pesado, difícil é ser leve. A arte de descomplicar a vida e a leveza para administrá-la é um bem valioso desfrutado por poucos. Fácil julgar, despejar palavras duras e adotar postura do tipo “vai uma dose de sermão aí? Não faço nada por você, mas se quiser posso dar umas lições de moral, das quais eu possivelmente nem pratico”. No entanto, o difícil mesmo é manter a chama da tolerância, paciência e compreensão acesa no coração.

No momento que comecei a conhecer meus pensamentos e sentimentos um novo universo se abriu para mim e com ele a percepção da atmosfera ao meu redor. Entendo o quanto o meu estado interno se transparece ao mundo externo. Por esta razão decidi aguçar a vigilância sobre meus relacionamentos, principalmente com meu companheiro, pessoa pela qual decidi amar e respeitar, de modo nutrir o alicerce da emoção em contínuo desenvolvimento e torná-lo em inesgotável fonte de recursos para o pleno exercício da VIDA.

Meu parceiro e eu temos muitas afinidades e nos damos muito bem, vale à pena aperfeiçoar a convivência a dois. No entanto, é óbvio que no processo bilateral nem todas as coisas são flores e claro que às vezes surgem algumas desavenças, mas vejo que o estilo de brigar é muito importante para a saúde de uma relação. Uma pesquisa chamada “laboratório do amor” mostra que como um casal briga tem mais relevância do que o quanto eles brigam.

Casais que sabem brigar enfrentam apenas um assunto complicado de cada vez ao invés de se deixarem levar por argumentos englobando todas as mágoas existentes desde que eles se conheceram. Esses casais discutem com tranquilidade, em vez de explodir logo de cara, evitando bombas do tipo “Você nunca...” ou “Você sempre...”, e as tentativas de “consertar a situação” prolongam uma discussão por horas. Por isso é mais importante ter poucas experiências desagradáveis do que muitas experiências agradáveis. São necessárias pelo menos cinco ações positivas do conjugue para equilibrar uma negativa. Deste modo, a fórmula para fortalecer meu relacionamento é garantir que os atos positivos superem de longe os negativos.

Então determinei três regrinhas básicas para me ajudar a ser leve: a primeira é proteger emoção, ou seja, viver sem medo de me doar às circunstancias, mas sem esperar contrapartida. Isso cria um mecanismo que evita frustração e me obriga a controlar impulsos de forma que eu possa agir com mais calma e assim combater meu inimigo íntimo e particular: falar sem pensar.
A segunda é não despejar meus problemas, só levar minhas preocupações a outra pessoa se realmente precisar de conselhos e apoio, mas não jogar minhas aflições mentais sobre ninguém.
E a terceira é abraçar mais, pois além de auxiliar na redução do stresse, aumenta o sentimento de intimidade e diminui a dor. Estudos comprovam que as pessoas que se abraçam provocam felicidade na relação entre elas.
Pequenos gestos como esses geram grandes mudanças no tom das minas interações.

Apesar de achar que a vida em sociedade simboliza uma equação imprecisa, onde a soma de fatores incertos com a imprevisibilidade humana tanto podem resultar em decepções como em alegrias, acredito na eficiência do bom relacionamento. Para mim compensa investir em pessoas que me fazem feliz, embora eu saiba que muitas delas se ausentarão nas horas difíceis, tenho a sensibilidade de entender que na vida existe uma compensação e sempre surgirão “anjos” para aliviar a pancada da decepção, renovando assim o ciclo da amizade.

Por isso serei sempre grata a todos que passam na minha vida e registram sorrisos no meu cotidiano. =)





"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!"
Mário Quintana

sexta-feira, 13 de maio de 2011

FECHAR CICLOS E LEVANTAR O TAPETE DA VIDA.

Transcorreram-se alguns meses desde que fui embora de Minas Gerais. Todavia, de tempos em tempos, pensamentos imprecisos desfalcam minha concentração, do tipo “como estaria minha vida se não optasse pela mudança”? Entretanto, esse alento reminiscente ligeiramente se emerge. Se existe uma verdade permanente em todos os ensinamentos conferidos pela experiência que adquiri até agora, ela é: “fechar ciclos”, considerada por mim, a mais fundamental ao arquitetar uma nova história. Chamo de “ciclos” os atrelamentos cotidianos, seja de aspecto profissional, pessoal ou psicológico que preenchem a vida, tornando-se responsáveis pelo bem-estar subjetivo. Cada ciclo é uma fonte de crescimento, podemos repartir a nossa vida em diversos ciclos e aprender muito com eles.

Para mim, é imprescindível fechar antigos ciclos para se adotar uma nova atitude de viver. Todas as relações devem ser devidamente resolvidas para se começar outras, de forma que eu possa “matar o Buda caso o encontre pelo caminho[1] ”, ou seja, serei dotada pelo sentimento de gratidão e carinho, mas é preciso matar o mestre internamente para que não haja necessidade de olhar para trás e assim, admirar apenas “o que” ou “quem” está ao meu lado ou à frente sem levar uma punhalada de pendências passadas. Por este motivo que estou aqui, encarando o meu passado de frente!
Não pense que é fácil, sempre tive dificuldade para afrontar ocorrências que remetem lembranças, sejam boas ou ruins. Não que eu seja insensível, apenas não me sinto confortável. Pode ser o resultado da minha criação. Sou filha de militar e adolesci sabendo que ao dizer a frase “tchau, foi bom te conhecer, quem sabe um dia a gente se encontre novamente...”eu viraria a esquina sabendo que jamais veria aquela amiguinha, vizinho, casa ou escola.

Já cometi muitos erros, mas aprendi com todos eles e devido a isso eu sei que, ao “empurrar para baixo do tapete” dificuldades, emoções, desejos e ate mesmo necessidades somente acumularei frustrações. Logo, encarar os fatos e livrar-se da culpa é levantar o tapete da vida.

Estar nesta casa novamente, numa espécie de “odisséia intima”, dedicando um tempo comigo mesma e revendo todas as dores, medos e crises, eu agradeço porque me transformei, amadureci e sobretudo, porque me tornei uma pessoa menos imperfeita. Até mesmo os meus parentes e amigos que me decepcionaram nessa jornada, agradeço, porque agora posso seguir meu caminho sem a culpa de deixá-los para trás.

Certa vez li num livro de Augusto Cury duas estratégias interessantes: identificar cada pensamento negativo nos primeiros cinco segundos para que haja tempo de ser deletado e a segunda tática seria reeditar arquivos antigos. E colocando em prática essa dica de Cury mais o primeiro mandamento intitulado por mim, de “ser eu mesma”, estarei no caminho certo. Porque estou reciclando lembranças, curtindo minhas recentes expectativas, apetecendo por novas sensações e me concentrando naquilo que escolhi para mim. Idéias adversas não têm espaço aqui.
Neste momento estou feliz, porque sei que minha vida estaria estagnada no mesmo ponto de onde parti e do mesmo modo sei que ninguém consegue prosperidade na vida enquanto estiver preocupada com a felicidade dos outros. O bom é sentir minha existência, independente se o gramado do vizinho é mais verde. Posso dizer que neste instante, estou plantando novas sementinhas e rosas no meu jardim.

De todos os caminhos que optei, jamais cheguei à perfeição que estava cobiçando, mas mesmo assim, eu me tornei uma pessoa melhor pelo esforço, e alguém mais feliz do que seria se não tivesse tentado. Por isso, vivo cada dia de uma só vez, degusto todos os instantes e acima de tudo trago fé de que tudo que existe no mundo promove meu crescimento espiritual.




[1] Referencia da postagem anterior “Se encontrar Buda no Caminho, mate-o”. Alusão sobre um discípulo que ama tanto Buda, que existe a possibilidade de que este se torne sua última barreira. É preciso matar o mestre para que não haja necessidade de olhar para trás e possa estar totalmente só.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ya pihi ikama


Certa noite enquanto apreciava as estrelas, emprestei a vivacidade dos meus olhos naquela atmosfera de luz e perguntei “Será que é realmente isso?” e respondia, “É, é isso.”
Uma sensação recorrente de contrariedade e quase descrença “Será que isso sou eu?” invadia meu coração. Contudo, embora eu me sentisse eventualmente insatisfeita, como se algo estivesse faltando, nunca me esqueci do quanto era afortunada, o que eu ambicionava era simplesmente contemplar a magnificência dos momentos, dos sentidos, da existência ou do que escolhi para minha vida. Não gostaria de olhar para trás, no final da minha história ou depois de uma grande catástrofe, e refletir: “Que vida maravilhosa eu tive, ah se eu tivesse me dado conta disso.”

Todos esses pensamentos imergiam minha mente e a frase de Nietzche gritava dentro de mim :"É preciso ter um caos dentro de si para gerar uma estrela que dança", ainda fitando a constelação, compreendi: eu não era feliz quanto poderia ser e minha história não iria mudar exceto que eu fizesse a mudança acontecer.
Nesse exato momento eu “mudei as lentes” através das quais tudo me parecia familiar.

Era o momento de esperar mais de mim, pois eu queria uma nova vida e isso me daria uma nova oportunidade de reiventar valores e fortalecer meu caráter, restruturar a maneira de pensar e agir e acima de tudo, ser uma pessoa melhor. Porem, toda vez que pensava na felicidade esbarrava em paradoxos, então achei melhor definir alguns mandamentos para me ajudar na luta para manter minhas decisões.

Hoje irei abordar o primeiro mandamento: "Ser eu mesma, da forma mais transparente e sincera possível, comigo e com as pessoas que me cercam.”

Há um ditado Zen de imenso valor que diz:"Se encontrar Buda no caminho, mate-o”. No entanto, Buda faleceu há 25 séculos e esta epístola não diz a respeito sobre “aonde” ou de
“que jeito” você pode matar alguém que já está morto. Esta é uma mensagem para o discípulo que ama tanto Buda, que existe a possibilidade de que este se torne sua última barreira. Afinal, você deve tanto para o mestre, ele tem sido sua fonte, sua transformação, mas não há necessidade nem de dizer adeus; mate o mestre, para que não haja necessidade de olhar para trás; mate o mestre, para que você agora possa estar totalmente só, com nem mesmo a sombra do mestre com você. E isto é feito em grande agradecimento, em grande gratidão. (Osho)

Todos tropeçam em mestres no dia-dia, pessoas dotadas de sabedoria e grandes virtudes compartilham o bem de forma que nos tornemos pessoas mais dignas. Sempre levam um pouco de nós e deixam um pouco de si, como os índios ianomâmi da Amazônia quando, ao falar “eu amo você”,dizem “Ya pihi ikama”que significa “fui contaminado pelo seu ser”- uma parte de você entrou em mim, vive em mim e cresce em mim. Contudo, é importante conhecer a própria essência para estabelecer uma relação verdadeira com a humanidade.

Para sermos plenamente humanos, devemos constituir com o outro uma relação o mais autêntica possível. É preciso ultrapassar a imagem que temos de nos mesmo e a que fazemos dos outros. Devemos saber, no mais intimo de nós, que somos livres para reconstruir, para transformar e aprender a atribuir ao outro este mesmo poder.

"Eu aprendi a andar. Desde então, passei por mim mesmo a correr. Eu apendi a voar. Desde então, não quero que me empurrem para mudar de lugar.
Agora sou leve, agora voo, agora vejo por baixo de mim mesmo, agora um Deus dança em mim"
Friedrich Nietzche

sábado, 7 de maio de 2011

DIA DAS MAES

“Filhos...Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos, como sabê-los?" (Vinicius de Moraes)

Eu,com minha atrapalhada pretensão para encontrar a felicidade, crédula em ser audaciosa ao desbravar contextos, me vejo diante esta tela com um documento em branco de título “Dias das mães” atônita. Afinal, tem coragem maior que ser responsável pela vida de outro indivíduo? De carregar consigo uma “pessoinha” e atribuir a ela toda fortaleza de seu ser?

Perdoe mãe se um dia me achei auto-suficiente! Afinal, como atravessar a vida sem os memoráveis conselhos maternais? São como bússola, utilizada toda vez que preciso direcionar meus passos.

Foi nas horas mais dramáticas da adolescência, nas armadilhas do amor inexperiente e nos tropeços cotidianos que descobrir que mãe é uma “metamorfose ambulante”, se transformando de acordo com a circunstância. Nunca se viu um ser humano dotado de tantas facetas. Mãe ama sem precedentes e topa qualquer parada por um filho. É a união de muitos sentimentos, é o aprendizado diário, é ser mulher e continuar a ter desejos pessoais, entretanto abdica de muitos destes em troca de apenas um sorriso.

Sem dúvida, ser mãe é um desafio feito dia após dia.


Obrigada mãe querida por ser uma fonte sublime do amor que me capacita e me faz acreditar no impossível.
FELIZ DIAS DAS MÃES !

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SAÚDE EM MOVIMENTO

Dias atrás, li um artigo na Internet que aludia o século XXI como “o século das doenças emocionais”. Em toda a história, nunca se viveu um número tão grande de pessoas sofrendo de transtornos emocionais como depressão, ansiedade e pânico. Fatores como a vulnerabilidade hereditária somada à apreensão em relação ao futuro em um tempo de incerteza, mais urgência de informações e ainda insuficiência de tempo comprometem a qualidade de vida e resultam em medos, alimentação inadequada, pouco lazer, falta de apoio familiar apropriado e um consumismo exagerado, produzindo a sensação de estresse e seu consequente desencadeamento de doenças.

Para mim , o melhor a se fazer é trabalhar o modo de reagir aos impactos. Pesquisas comprovam que não são as provações que afetam nossa saúde e sim como lidamos com elas. Contudo, compreendi que o segredo está na forma de como devo ver a vida e superar obstáculos, ou seja, transformá-los em degraus no meu crescimento pessoal e não em traumas.

Cultivar uma postura ideal para enfrentar resoluções importantes exige um equilíbrio físico e Psico-emocional. Como conseguir isso? Caminhando!
À primeira vista, andar parece ser simples demais para causar efeitos, mas pode ser considerado um exercício tão eficiente quanto correr ou pedalar. A caminhada ainda tem grandes vantagens, como tornar-se aliada na hora de fazer uma faxina metafórica, riscar itens da listas de tarefas a cumprir e auxiliar na estruturação de pensamentos. Costumo dizer que as principais decisões da minha vida foram definidas caminhando na praia. O filósofo alemão Nietzsche escreveu “todos os pensamentos verdadeiramente importantes são concebidos durante uma caminhada”, e sua observação tem o apoio da ciência: a química cerebral induzida pelos exercícios ajuda a pensar com mais clareza.

Deste modo, comecei a caminhar sempre, e isso significa ir andando a todos os lugares quando preciso sair. Andar é uma delicia! Imagine que estudos mostram que além de aliviar o estresse, uma caminhada rápida de apenas dez minutos aumenta a disposição e melhora o humor. O exercício é uma excelente maneira de mandar a tristeza para o espaço.
E pensar que em apenas 20 minutos desta atividade, mesmo que divididos em varias andanças ao decorrer do dia, três vezes por semana, já se atinge a necessidade mínima á boa saúde e ainda evita o aumento de peso.
Arquitetar métodos mais atraentes para a caminhada é uma boa dica para os desanimados.
Ganhei da minha mãe um Shape-Up, um daqueles tênis que prometem tonificar músculos e queimar 13,3% calorias a mais na hora dos treinamentos. Sinto que ele me ajuda na hora de caminhar e que trabalha alguns músculos da perna e glúteo, devido seu formato e isso estimula o psicológico, porque me entusiasma a ir mais longe, aumenta o ritmo dos meus passou e me faz testar novas subidas.
No momento, estou de olho de tal “pedômetro”, hoje em dia é fácil encontrar em celulares ou relógios essa tecnologia capaz de medir índice de gordura corporal, frequência cardíaca e o principal: contagem de passos. Sei que esse pequeno aparelhinho me motivará ainda mais. Porque isso faz parte da minha personalidade, quanto mais crédito eu tenho pelos meus esforços, mais eu quero ganhar. No entanto, meu novo padrão de vida exige mais premeditação na hora de gastar dinheiro, por isso irei planejar mais sobre o assunto.

Se minhas palavras não te convenceram a sair caminhando sem rumo, então tente “agir como se tivesse mais energia”. Quem adota essa linha de pensamento torna-se um indivíduo mais bem-disposto. Ou então, verifique a quantidade de "andarilhos" que lotam os calçadões, parques e pistas dos clubes. A estimativa atual é de que pelo menos 70 milhões de pessoas no mundo inteiro já adotaram a caminhada como uma maneira de cuidar da saúde e da forma física.
Essa maravilhosa fonte de energia, capaz de aumentar a produção de adrenalina através de um processo que te faz sentir mais ativa física e mentalmente, pode ser divertida. Isso mesmo! Depois que a caminhada torna-se um hábito, você se diverte praticando-a, além de poder fazer novas amizades “de caminhada”, você se sentirá mais relaxada e animada para as outras tarefas da sua vida.

Tá esperando o que? Mexa-se e divirta-se! =)



segunda-feira, 2 de maio de 2011

DESINTOXIQUE!

Sempre fui gordinha e por isso já experimentei mil receitas da moda, como da lua, dos pontos, da sopa ou de artistas. Também já fui adepta a inúmeros tipos de obsessão, como andar com um livrinho de calorias no bolso e somar sistematicamente tudo que consumia e claro que já ingerir muitos remédios controlados.

Durante a minha vida inteira tenho lutado contra o fato de estar acima do peso. Porém desta vez a minha busca está focada na saúde e o emagrecimento virou conseqüência. É gostoso perceber que a perda de peso é resultado da consciência, para se viver melhor e mais disposta.

Hoje se você me perguntar por onde começar uma reeducação alimentar ou uma nova dieta, prontamente eu te responderei: desintoxique!

Para se ter harmonia com a vida, é preciso uma desintoxicação física, psicoemocional e até espiritual. Desintoxicar-se tem como finalidade primordial a mudança vital de vibração, que expressa sair da densidade para a leveza e do estresse tóxico para a paz do fluir.

Do mesmo modo que um organismo com alto nível de toxinas quando não consegue eliminá-las, busca se auto preservar, isolando e acumulando-as no tecido adiposo, também funciona o emocional, com o medo de correr riscos, o indivíduo bloqueia sentimentos, desejos e passa viver uma vida frustrada e sem entusiasmo. Neste ultimo caso, não tem jeito, mudança é a única solução para quem deseja ser feliz.

Sim, é válido lembrar, o primeiro passo a ser dado é o “querer”, a motivação externa faz as pessoas agirem para obter recompensas, mas a motivação interna faz as pessoas agirem para obter a própria satisfação. É justamente este sentimento que nos impulsiona a uma vida saudável, pois trabalha com a consciência.
Uma vez que você entende que alimentos funcionais atuam na prevenção contra os arquiinimigos da saúde presentes no mundo atual (ansiedade, angústia, o medo da violência, a insegurança pelo futuro,poluição, estresse, etc.) e são fontes poderosas de energia, jamais comerá um Big Mac com a consciência tranquila.

No início é comum apresentar resistência para uma conduta saudável de vida. Lembro-me bem de quando fazia careta ao experimentar alimentos ricos em fibras enquanto meu pai falava a frase que repito continuamente para reforçar minha alimentação atual “Não tem que ser gostoso, tem que ser saudável!”

Outra lição paterna que procuro seguir com rigor durante a semana é não comer nada que contenha pó branco, ou seja, açúcar, farinha e sal. Esses itens viraram artigos de luxo, aceitos em casa somente aos finais de semana e com muita resistência.

O que considero de mais legal ao adotar essa dieta é o desafio culinário. Apurei a arte de cozinhar sem qualquer tipo de óleo e fazer meu próprio iogurte natual. Todos os dias aprendo a fazer um novo prato à base de soja, com muitos legumes e o que chamo de “ingredientes mágicos”.

Titulo de “ingredientes mágicos” os itens que adicionados na comida são apetitosos e altamente eficazes, pois são capazes de desinchar, emagrecer, ativar metabolismo, dar disposição, auxiliar no combate de doenças e inflamações e ainda são ricos em vitaminas. São exemplos destes alimentos funcionais: linhaça, soja, gergelim, amêndoa, semente girassol, levedo de cerveja, quinoa, farinha de maracujá e muitos outros.

Esta etapa da minha vida é assinalada pelo conceito de que alimentos sem fibras são mais calóricos e vazios, desencadeando picos glicêmicos provocam armazenagem de gordura, que em excesso já pode ser considerada toxina ou inflamação, por ser um portal de doenças.


Outra regra fundamental que aprendi foi a me HIDRATAR!

Em minha antiga vida, estava longe de conseguir beber 2 litros de água por dia e muito chá verde, mas aos poucos fui adotando essa regrinha e hoje é tão fácil que nem exige muito empenho. Hoje eu sei que não se deve esperar sentir sede. A sede é o sinal de que o corpo está no limite da necessidade de reposição de líquido.


A próxima etapa? Se mexer!

domingo, 1 de maio de 2011

O AMOR NUNCA SAI DE MODA

Atravessamos o século da urgência. Pessoas se apressam invariavelmente para desempenharem suas tarefas diárias. Certos momentos, quando se aglomeram em metros, suspiram impacientes olhando no relógio ou até mesmo quando alguém me atende de forma hostil no caixa de um supermercado, esqueço que são seres humanos abastadas de sentimentos.

Contudo, esta semana foi marcada pelo casamento real britânico de William com Kate Middleton e o mundo se rendeu a felicidade dos novos duques de Cambridge. No momento que os noivos presentearam a multidão com o momento mais esperado após a cerimônia, o beijo, fiquei observando as imagens na TV e pessoas ao meu redor. Percebi que indivíduos de variados níveis, países, etnia ou idade prostraram diante aquele singelo ato. Com isso pude concluir que o amor é imprescindível em qualquer época e que jamais sai de moda, apenas é reinventado a casa dia e a cada instante.

Em todas as mudanças, a presença do amor foi constante e significativa na minha história e o que sempre mudou foi a percepção e a realidade. Parece que o amor vai se transformando com o tempo e com ele a maneira de se expressar.

Para mim, o amor funciona como um motor que impulsiona as engrenagens motivacionais da vida. Toda vez que encaro situações difíceis para alcançar um objetivo, recorro-me a verdade basal da coragem: “só existe o amor. Se eu isolar os sentimentos negativos, sobra o que mais estimula a seguir em frente, o que importa: o amor!

Entretanto, eu sei que não importa o tamanho do amor que sinto no meu coração, os outros só notarão minhas ações. O relevante mesmo é dar provas de amor. A melhor definição foi do poeta francês Pierre Reverdy: “Não existe amor, existem provas de amor!”

O amor é mágico, engraçado e simples! Para demonstrar amor, basta sentir o amor!

Ontem meu noivo e eu estávamos assistindo TV quando um convite inesperado para dançar me surpreendeu. Em um único instante, ele conseguiu captar toda importância da minha existência. No momento que dançávamos no meio da sala, não me importava mais com o tempo , aparência , medos, insegurança e nem mesmo com a música. Naquela ocasião me sentia segura e amada, nada mais era tão expressivo quanto o amor! “Só existe o amor".

Especialistas dizem que um indivíduo repleto de emoções positivas como desejo, fé, amor, sexo, romantismo, entusiasmo ou esperança alcançam o sucesso com maior facilidade, porque, surpreendentemente, pequenos gestos advindo destes sentimentos ocasionam grandes mudanças no tom de nossas interações.

Meu conselho de hoje é para que você “ame mais” e aproveite para “abraçar mais”! Por quê? O abraço alivia o estresse, aumenta o sentimento de intimidade e até diminui a dor. Em um estudo, as pessoas escolhidas para dar cinco abraços por dia, ao logo de um mês, com objetivo de abraçar o máximo de pessoas diferentes possíveis ficaram mais felizes.


Feliz semana para todos nós =)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

FALÁCIA DA FELICIDADE


A primeira idéia que ressalta quando pensamentos impulsivos invadem a mente é que para cada escolha sempre existe um caminho cheio de responsabilidades e surpreendentes episódios. O medo do inesperado é o fator que mais assombra o coração. Então, para atravessar essa jornada de forma mais tranqüila, assimilei uma fórmula simpática, que defino como “falácia da felicidade”, onde para ser feliz, é preciso refletir sobre sentir-se bem, sentir-se mal e sentir-se do jeito certo. E a maneira mais adequada para sentir-se do jeito certo é viver a vida certa para você, de acordo com as suas virtudes, expectativas e objetivos, em todos os aspectos da vida, no trabalho, local de moradia, estado civil, etc.


A segunda ressalva sobre esses pensamentos invasores de “quebra de rotina” é que sempre rejeitamos as mudanças que incidem nossa vida, no primeiro instante elas não são bem aceitas, porque o ser humano tende a se acomodar com as situações que consideram confortáveis e aprendem a gostar do seu dia-a-dia. Para muitos indivíduos, isso é felicidade, fazer sempre as mesmas atividades, assistir os mesmos programas na TV, andar nas mesmas ruas, conversarem com as mesmas pessoas, freqüentar os mesmos lugares dia após dia. No entanto, pesquisas apontam que o simples ato de tomar uma decisão e mantê-las é uma fonte de felicidade, pois dá um sentimento de controle, eficácia e responsabilidade. Essa atitude pode melhorar o humor, pois você irá tomar providências para melhorar sua situação.

Até que admiro essas pessoas que conseguem se conformar e conviver bem com o que ocasionalmente virou suas vidas. Todavia, existia uma grande verdade que necessitava ser proclamada pelo meu coração: enquanto houver vida, haverá oportunidade de mudança. E saber que o ser humano é capaz de reverter e converter processos que não o satisfaz me encanta e aguça meus sentidos.

Então fiz minha mala decidida a refletir sobre “como, onde e por que a mudança”. Veja a postagem Arrumando as Malas e entenderá melhor a situação - http://migre.me/4ovS7

E assim , fechei minha casa, terminei o noivado, livrei de todos os objetos e roupas que não seriam realmente essências e mudei de cidade, de namorado, de vida!

Agora, estava na cidade dos meus sonhos, Balneário Camboriú- SC morava perto do meu pai, o que me fazia sentir mais segura. Ele é meu guru da saúde. O que facilitou no processo de REEDUCAÇÃO ALIMENTAR e de incentivo para adotar uma pratica, hoje, indispensável no meu cotidiano: EXERCÍCIOS FÍSICOS.


Na próxima postagem conto melhor como foi esse processo , tá? =)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Renovando a vida, valores e atitudes.

Depois de uma temporada de deslumbramentos, contratempos e momentos ambíguos, voltei a escrever.

Ao abrir este documento, no qual estão todos os posts possíveis e publicados anteriormente, lembrei-me da velha citação “os dias são longos, mas os anos são curtos”. Tantos episódios se passaram nestes últimos meses que tenho a impressão de ter vivido uma década. No entanto, há muitos ciclos abertos que pretendo fechar ainda em 2011.

Ano passado, uns seis meses atrás, uma ideia incessante martelava minha cabeça para que eu tomasse uma atitude em relação a minha vida. De fato eu havia desistido de mim, de me amar. Vivia em uma espécie de “piloto automático”, às vezes dividia minha atenção para várias tarefas ao mesmo tempo, desviando-me da experiência do presente.

Certa vez, ao comparar minha vida social com a virtual me assustei. Percebi que eu não tinha uma vida social e que a virtual havia tomado conta de toda minha realidade. Com tantas redes sociais, tantos artigos lidos, blogs e programas de chat, que com certeza exigiam uma dedicação fora do normal para que se mantivessem atualizados, não sobrava muito tempo para viver.

Mas eu que eu precisava afinal? Mudar de cidade? Adotar uma alimentação mais saudável? Praticar mais exercícios? Arrumar um novo amor? Me afastar de Internet ? Organizar a bagunça da casa, jogar “tralhas”antigas fora, praticar o desapego e a consequente compaixão ? E que tal fazer tudo isso? Seria como uma faxina geral, uma mudança radical e extremamente difícil, por ser um caminho sem volta.

Pois é, eu fiz! Acredite, jamais escutei de pessoas conhecidas e até mesmo desconhecidas, tantas vezes o adjetivo “corajosa” empregado a mim.
Afinal, eu tinha uma casa própria, um noivado de oito anos, um carrinho e a segurança de vida que muitos sonham.

Simplesmente rompi com esta vida! Claro que isso me trouxe a uma realidade completamente diferente e mais humilde. Já não compro facilidade perfumes importados, maquiagens ou novas roupas. Abri mão de muitos luxos. Em compensação, acabei descobrindo novos prazeres de existir e concluo a cada dia que cultivar um espírito jovem, alegre, agradecido e apreciar as glorias do momento presente é possível em uma vida comum. Muitas vezes estes atributos essenciais à felicidade se perdiam no tumulto da rotina diária e nas preocupações egoístas. Longe do superficial nos fortificamos e ganhamos coragem para enfrentar o pior, se (isto é, quando) for preciso.

Monges medievais mantinham imagens de esqueletos em suas celas como "memento mori ", que significa "lembra-te de que és mortal", ou seja, devemos aproveitar a vida da melhor maneira que pudermos porque nada é eterno. O momento ideal para transformar pequenos instantes em memoráveis obras acontece a cada minuto. Esse desafio é lançado todos os dias como uma oportunidade de crescimento. Aproveite!

Uma dica? Nunca coloque a cabeça no travesseiro sem antes perguntar "o que acrescentei a minha vida hoje de importante?"

Neste momento, você pode estar perguntando se valeu à pena, mas deixarei essa questão para que o leitor(a) possa tirar a própria conclusão.

Os resultados desta atitude inusitada te conto na próxima postagem. =)



São Paulo

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SAINDO DA CAVERNA

Ola, que tal convidar uns amigos, puxar uma cadeira e bater um papo?! Despertar o deleite do pensar e impulsionar evoluções coletivas é uma forma gostosa de praticar filosofia. Afinal, compartilhar idéias é multiplicar conhecimentos.

Segundo Platão, para se tornar um filósofo, basta filosofar. E quando desenvolvemos a arte de pensar, SAIMOS DA CAVERNA!

Lembra do O Mito da Caverna? Uma importante metáfora arquitetada pela filosofia que representar a circunstância geral da humanidade e relata o fato de estarmos condenados a vermos sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras.

Todos nos vivemos com mitos que impedem nossa capacidade de desarmar à vida da sua verdadeira fragilidade e lhe restituir seu autentico valor.

Penso e eterneço-me na atitude de enfrentar a realidade através de uma nova perspectiva.

Ao invés de acorrentada e conformada com a escuridão, quero sempre me libertar e duvidar de tudo que me controla ou criticar cada pensamento perturbador ou idéia angustiante.

Mas acima de tudo, determinar ser alegre e feliz, conquistar as pessoas e a si mesmo. Somente com a coragem para olhar para dentro de si mesmo, na esperança de sair de sua caverna que se é possível conhecer e fazer da vida uma experiência sublime.

Segue abaixo O Mito da Caverna Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui para refrescar a memória. Até a próxima!

O Mito da Caverna
Platão
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.

Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.

Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.

domingo, 16 de janeiro de 2011

MUDE SEUS PENSAMENTOS E VOCÊ MUDARÁ SEU MUNDO

Depois de sucessivas noites em Balneário Camboriú, finalmente o silêncio bateu a minha porta. Trouxe com ele a paz de espírito que precisava para tornar a escrever. Convidei-o a entrar e abriguei a placidez do momento em meu quarto.

Certos rituais garantem o refinamento no resultado final de uma ação e até mesmo nas reflexões pessoais, as quais encaro como um engenho que deve por obrigação oferecer uma pitada de astúcia e criatividade. É preciso disposição para encarar os inúmeros e desordenados pensamentos que submergem na mente, focar e desenvolver a idéia certa. Por isso, o ambiente propício passar a ser fundamental.

Um costume positivo que adotei aqui em Santa Catarina é cuidar da minha mente. Todos os dias quando caminho na praia ,namoro uma pintura de Deus maravilhosa bem diante dos meus olhos e absorvo com uma prece toda energia positiva possível para buscar dentro de mim mesma a especificidade daquilo que realmente desejo na minha vida.

Ocorreu-me que este processo faz com que os desejos se tornem mais deliberados e específicos. Claro que não adianta nada enviar preces preguiçosas ao universo. Metade do que se ganha com uma prece está no simples ato de pedir e de oferecer uma intenção claramente articulada e refletida.

E com essa linha de pensamento, reforço a cada dia a idéia de que se quero transformar o mundo ao meu redor, primeiro devo promover um aperfeiçoamento pessoal, realizar inovações no meu próprio interior e compreender impacto ocasionado por minhas ações. Afinal de contas, está sob minha jurisdição atitudes que possam promover satisfação.

Posso decidir por exemplo, com quem gasto meu tempo, com quem compartilho meu corpo , minha vida, meu dinheiro e minha energia. Posso determinar o que como , que leio e o que estudo. E o melhor de tudo, posso escolher como vou encarar as circunstâncias desafortunadas da minha vida, se as verei como problemas ou como oportunidades. E quando me tiver faltando forças para enxergar o ponto de vista mais otimista, posso decidir mudar minha atitude. Posso escolher minhas palavras e acima de tudo, posso escolher meus pensamentos.


"O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns, mas também pode ser aprendido e cultivado, mude seus pensamentos e você mudará seu mundo"
Norman Vicent Peale

Até a próxima ;)